Popará

sexta-feira, junho 29

Hey Venus

O que eu gosto no Super Furry Animals é que eu posso sempre confiar neles, eles nunca me desapontam. Mais uma vez eles lançaram a capa mais feia do ano.



Quanto ao conteúdo, eu estou baixando agora e prometo ouvir com o coração aberto assim que puder.

quinta-feira, junho 28

Shitdisco

Segundo melhor clipe do ano:

terça-feira, junho 26

Melhores de 2007 (ou quase isso)

Ontem à tarde me pegaram com uma pergunta que eu andava evitando: aquela sobre os discos dos quais eu gostei este ano. Por sorte (?) eu não tenho nada melhor para fazer no momento, então resolvi levar a questão a sério e apontar os meus favoritos de 2007 até agora. E encarar a parte mais difícil que é dar nomes às decepções, olhar nos olhos dos que não vão entrar na lista e ser sincera: “Black Rebel querido, sinto muito mas dessa vez não vai dar”.

Vamos à lista:

Dexy’s Midnight Runners – Projected Passion Revue
Gravações um tanto toscas de apresentações anteriores ao primeiro disco mostram a formação que nunca foi registrada em estúdio e, dizem, é a melhor que o Midnight Runners já teve. Diante desse disco fica fácil de acreditar. Todo o rigor e a loucura ditatorial de Kevin Rowland aparecem em forma de arranjos que fazem o CD suar. É para nunca mais ouvir Too Rye Aye da mesma forma.
There’s no need to turn it up
If it’s pure i’ll feel it from here


Amy Winehouse – Back to Black
É é é, Amy Amy Amy. Amy canta, Amy bebe, Amy casa, Amy bebe, Amy cai de bêbada, Amy em todos os lugares. Estou tão cansada de ouvir essas músicas em todos os cantos e ver Amy em todos os sites que já estou esquecendo o quanto o disco é bom.

Dinosaur Jr – Beyond
“This is All I Came to Do” me enche de um conforto que eu não vou tentar explicar. Isso quer dizer que eu estou velha e nostálgica? Preocupante.

The Shins – Wincing the Night Away
Ele tem “Australia”, a música alegre mais triste do ano (e vice-versa). Ele entrou no Top 10 da Billboard e eu fiquei feliz pela banda. Eu fico feliz sempre que ouço “Australia”, que tem o melhor clipe do ano. O disco tem momentos fracos, mas entra na lista. So give me your hand and let’s jump out the window.

Dean and Britta – Back Numbers
Beleza pura. Tenho vontade de ouvir “White Horses” até meus ouvidos sangrarem.

Klaxons – Myths of the Near Future
É, eu coloco na lista. E daí? “Golden Skans” me dá a impressão de que esses moleques acertaram direitinho.

Findlay Brown – Separated by the Sea
Folk tradicional. Enquanto José González não lança o segundo disco, o Findlay fica por aqui. Depois eu faço uma acareação.

Arctic Monkeys – Favourite Worst Nightmare
Ainda estou pensando nesse aqui. Acho que vou deixar na lista só para depois não dizerem que eu não gosto de rock.

Josh Rouse & Paz Suay – She’s Spanish, I’m American
Falei dele aqui no blog há pouco tempo. Não vou me repetir.

Wilco – Sky Blue Sky
Suspiro...
Eu não queria colocar esse aqui. Ele é retrógrado, ele é caretão. Mas eu não sou tão forte... Meu coração de gelo derrete assim que Jeff abre a boca para cantar o que for. Eu sou dele para o que der e vier desde que ele me olhou no fundo dos olhos naquele show do Television, sentado na mesa ao lado da minha. E se ele me pede para ser paciente, eu serei. Sempre.


Músicas:
Of Montreal – “A Sentence of Sorts in Kongsvinger”
Modest Mouse – “Dashboard”
Clap Your Hands Say Yeah – “Five Easy Pieces”
Black Rebel Motorcicle Club – “Weapon of Choice”
The Veils – “Advice for Young Mothers to Be”
Bonde do Rolê – “Solta o Frango”
Franz Ferdinand – “All My Friends”
Calvin Harris – “Acceptable in The 80's”
The Rakes – “Trouble”
Bang Gang – “Stop in the Name of Love”

Acabou meu tempo (na verdade eu cansei) e ficaram uma porção de pendências, coisas que eu preciso ouvir melhor antes de fazer um julgamento justo (White Stripes, Interpol, Mark Ronson, Art Brut, Andrew Bird). Quando a falta do que fazer voltar a me assombrar, eu retomo isso.

segunda-feira, junho 25

Radio Dept

Parece que em setembro eles vão dar as caras por aqui. Vai ser um bom mês.



Ps: "Where Damage Isn't Already Done" é "A" música do Radio Dept, mas o clipe que existe no YouTube é horroroso demais para ser reproduzido. Aliás, clipes ruins parecem ser uma das especialidades da banda (tipo esse aqui). Não vamos incentivá-los, ok?

Fim de semana: Interpol, Autoramas e Zodíaco


O Interpol novo é ótimo. Passei o fim de semana feliz com ele, mas ainda não entendi a capa.

***

O show Autoramas no CB no sábado foi muito bom. Hits para dar e vender, profissa e divertido, não faltou nada. Mas aquela discotecagem punk e hard rock para meninos de 14 anos me tira do sério. "Ballroom Blitz"?? Tenha dó de mim. Quando começou Hot Chip ("Over and Over", claro) lá no finzinho da noite, achei que o teto fosse cair sobre nossas cabeças.

***

Vi "Zodíaco" no domingo. E que filminho morno. O que está acontecendo com os diretores que eram tão bons nos anos 90? Por que eles nos fazem perder tempo e dinheiro com bobagens como essa e "A Dama na Água"? Esse é o primeiro vacilo de David Fincher. Não seria tão grave para um diretor medíocre, mas para um cara com sua filmografia é uma queda e tanto.

quinta-feira, junho 21

Aviso sobre os comentários

Eu NÃO publico comentários anônimos.

terça-feira, junho 19

Cores!

segunda-feira, junho 18

White Stripes - Top 7

Era para ser um Top 5, mas não consegui enxugar tanto. Vai aí meu Top 7 White Stripes:

1 - The Same Boy You've Always Known
("The coldest blue ocean water cannot stop my heart and mind from burning" é imbatível)

2 - Hotel Yorba

3 - You Don't Know What Love Is (You Just Do As You're Told)

4 - My Doorbell

5 - Now Mary

6 - The Denial Twist

7 - Forever for Her (Is Over For Me)

Ps: Icky Thump é incrível. Criativo, variado, inventivo, mas com a personalidade intacta e um tesão palpável. Está ali reluzindo entre as melhores coisas que saíram este ano.

Ps2: Isso mesmo, nenhuma de Elephant (a melhor capa, o disco menos interessante) ou dos primeiros (meros rascunhos). A ligação afetiva com White Blood Cells é grande e Icky Thump ainda está sendo absorvido, mas "You Don't Know What Love Is" já ameaça "Hotel Yorba", só não quero me precipitar. Deixarei assim por enquanto.

A dura verdade

"They're a band who give guys who like 20-minute guitar solos an excuse".

Isto é Alex Kapranos falando sobre Television e Marquee Moon. Está em uma matéria bacana do Guardian que traz outros malucos descendo a lenha em discos clássicos ou muito hypados: Beatles, Nirvana, Arcade Fire ("it's for people in cars"), Pink Floyd, The Doors ("Morrison was more like a drunk asshole than an intelligent poet"), todos .

Missão do dia

Fazer um Top 5 do White Stripes. Por enquanto a lista está com 11 músicas - e aumentando. A missão é resolver isso até o fim do dia. Aguarde...

sexta-feira, junho 15

Madeleine

O dia não tem notícias. Não tem sol, não tem boas novas ou grandes planos. Teve um alfajor uruguaio sensacional - ele durou pouco.

Mas em setembro teremos ela por aqui:

quinta-feira, junho 14

O novo de Paul McCartney

"No encarte, ele é fotografado de terno caro e camisa branca, mas uma das imagens entrega um All Star surrado no pé, velho Paul de sempre. Sentimental, otimista, generoso, simples e com uma jovialidade que lhe permite brincar com distorções de vez em quando, ainda que em geral ele esteja mais inclinado a guitarras acústicas e piano."

Lá no iG, sabe onde é.

terça-feira, junho 12

Loucurinha

A primeira vez no site da Erika Palomino a gente nunca esquece:

Essa foto está no diário da turnê do José González feito pela Aninha Garcia. Leia aqui.

segunda-feira, junho 11

Honeymoon Over!

A música do momento faz parte da série "músicas que valem mais pelo nome do que por todo o resto"

"I'm Thru Writing Lovesongs For You"

É do Honeymoon Over! (ainda não sei o que pensar de bandas que usam pontuação no nome), um duo sueco de indie pop eletrônico.


O ep todo (com músicas mais legais que essa) pode ser baixado aqui: http://www.fruktrecords.se/

No feriado, José González (de novo), Charme Chulo e muito Elvis

Chega a ser espantoso que José González, com sua timidez toda, tenha escolhido uma forma tão básica e solitária de fazer música. Tocando sozinho com um único violão, ele aceita ser o centro das atenções como se isso pesasse toneladas, fixa o seu olhar no microfone durante todo o tempo e, quando fala, as frases saem curtas e fogem correndo, permeadas de risinhos constrangidos, para se esconder em algum lugar escuro.

Fui ao seu pocket show na última sexta-feira em uma livraria no cento da cidade. Eu estava tão perto dele que conseguia ouvir sua voz sem intermediários, antes mesmo que ela me atingisse pelo amplificador, também colado em mim. Linda voz, ótimo violonista.

Tivemos cerca de meia-hora de apresentação (acho, não estava marcando) tranqüila, íntima e leve. José atendeu aos pedidos de bis tocando a sua versão de "Hand on Your Heart" da Kylie Minogue (obrigada) e depois tchau que ele tinha que ir para o Chile. Volte sempre. Nota 10.

Ainda na sexta, fui ver o Charme Chulo no Inferno. Apesar do público esquisito demais até para um inferninho da rua Augusta, o show valeu a pena. O grupo se embolou em alguns momentos, mas em geral deu conta do repertório bacana. E divertiu. Nota 7.

O resto do fim de semana foi de descanso e cuidados com o cachorro enfermo. Eu não o escolhi e o aceitei sem muito estusiasmo, mas agora ele divide a casa comigo e está doente. É um bebê dos mais encantadores, que se coloca em minhas mãos com amor e confiança e, se eu não cuidar direito dele, ele pode morrer. E isso acaba comigo. A preocupação com esse bicho me tira o sono e me faz sair da cama no meio da madrugada para ir checar a origem do choro (sempre manha) e mostrar para ele que ele não está sozinho e pode contar comigo a qualquer hora, até mesmo às três da manhã de um feriado. Essas coisas de mãe superprotetora e neurótica. Ele se chama Elvis e é da Ana - pode chamar minha casa de Graceland.

quarta-feira, junho 6

José González

E até parece que você já não sabia que eu ia chorar com "Heartbeats"...




Mais aqui: Pequeno e tímido, José González abre seu coração em São Paulo

A foto é do Mac.

terça-feira, junho 5

A natureza das coisas

Meu tapete está tão sujo que está me deprimindo. Eu fico olhando para ele enquanto ouço músicas que eu não quero ouvir, mas que me forço a enfrentar porque me dei ao trabalho de baixar. A vida já é tão cheia de obrigações e, não satisfeita, eu crio mais algumas para matar meu tempo.

Estou organizando alguns cds de mp3 (e olhando para o tapete) e me deparo com álbuns que eu ouvi uma única vez - a maioria pela metade - e acho que nunca mais vou voltar a escutar.

caesars palace - love for the streets
the house of love - days run away
tullycraft - singles
montag - going places
little barrie - we are little barrie
starsailor - silence is easy
isobel campbell - amorino

Uma pausa para ouvir "Fuzzy". Nem tudo está perdido.

fleetwood mac - tusk
hot hot heat - elevator
the thrills - lets bottle bohemia
the horrors - strange house
fountains of wayne - traffic and weather
feist - the reminder

Se você souber da existência de algum motivo bom - mas bom mesmo - para eu ouvir algum desses discos uma segunda vez, vá aos comentários. Ou cale-se para sempre.

23:48, encaro o tapete e tento me animar a limpá-lo. É tarde, mas amanhã vai ser ainda mais difícil. Tem show do José González no Sesc Vila Mariana, compromisso obrigatório (você deveria ir) e aí foda-se o tapete porque não se sai de um show de um sueco como ele para limpar nada que não seja a própria alma. Seria mundano demais, e José González é etéreo. Vamos respeitar a natureza das coisas.

segunda-feira, junho 4

Para lembrar que o YouTube é a invenção do século

Para adocicar a segunda-feira