A praga chamada Mika

Na primeira vez que ouvi Mika, eu tive nojo. Não consegui chegar ao final.
Na segunda vez, achei constrangedor, mas fui em frente.
Na terceira, ficou um pouco engraçado. Aí emendei com a quarta e a quinta e a sexta e passei meia-hora com "Grace Kelly", sem parar.

Precisa de uma bússola? Mika é um cara que nasceu em Beirute mas foi criado na Inglaterra ouvindo muito Queen. E agora, com 23 anos, ele lançou um disco e seu primeiro single, "Grace Kelly", está há duas semanas seguidas no primeiro lugar da parada britânica.

Ele é como um Freddie Mercury convencido por Jake Shears a abrir as asas e soltar as feras. Eu não sei como é o resto do disco, porque ele abre com "Grace Kelly" e eu não consegui passar dela. Eu tentei não gostar, mas ela é um tipo de praga sonora que te faz suar e dar risinhos nervosos cada vez que aquele refrão - todo em falseto - vem se aproximando. Porque você sabe que vai se jogar nele.

Mika é ruim, afetado, exagerado e já anda tendo ataques de estrelismo. Eu tentei não gostar de "Grace Kelly", mas não deu. Mas com o resto do disco prometo não ser tão bunda-mole.

Agora, tenta você: